terça-feira, novembro 20, 2007

A cavalgada pavorosa so senhor da mata com os seres da madrugada.

Pico, espada, burduna e mata.
Lanceiro frenético na dança sagrada.
Roda e gira. Canta e grita.
Nú e pintado, correndo à caça.
Corre presa, corre alada.
A flecha lançada, à noite trepassa.
Lua Senhora que na mata lhe via.
Sorria e lia lo fio da vida.
Com teu pé na terra, na lama e na água.
Na brasa e no fogo, no vento dispara.
Casco pesado na folha velha.
Nem se ouvia, nem se ouviria.
Sussurro de medo no bafo da noite.
Mudando de rumo o mistério da foiçe.
Com galhos folhados, chifres floridos.
O senhor da mata me conduzia.
No breu do escuro, horda vadia.
Terrível cavalgada.
Madrugada, e depois...
Belo dia.

Bruno Alves de Oliveira - MestreDeGuerraPagã (Confeccionando a máscara...)

domingo, novembro 18, 2007

Relâmpago, parte um



"Os raios e os trovões aparecem com constância nos mitos das civilizações do passado. Profetas, sábios, escribas e feiticeiros os interpretavam como manifestações divinas, considerados principalmente como reação de ira contra as atitudes dos homens. Nas mãos de heróis mitológicos e de divindades eram utilizados como lanças, martelos, bumerangues, flechas ou setas para castigar e perseguir os homens pecadores." http://www.inpe.br/elat/relamp.conceito.mitos.htm


Castigar homens pecadores??? Devo estar lascado né... O que vai ter de "..., martelos, bumerangues, flechas ou setas..." para me "castigar e perseguir"?


Affe...


Que Marte não entre nessa moda...

Bruno Oliveira - MestreDeGuerraPagã

É Guerra no Ar!


Tempestade ( A dança do trovão)
Cordel Do Fogo Encantado

Quando o vento bate forte
Que aspira o ar castigado
Estremece o pulmão da seca
Tempestade
Tempestade
Pai, estou nessa terra
Querendo plantar
Afim de colher
Homens do ar não descem
Mulheres do ar não descem
Crianças do ar
Velhos do ar
Sempre mandam recado
É de relampiê, é de relampiê, é de relampiá
(salve a dona do trovão)
É de relampiê, é de relampiê, é de relampiá
(ô mulher, eu tô aqui)
É de relampiê
A alma, a água, o alvo
Pela variação instintiva
Para não virar carvão
Tempestade
Tempestade
Pai estou tão sozinho
Querendo plantar
Afim de colher
Homens do ar não descem
Mulheres do ar não descem
Crianças do ar
Velhos do ar
Sempre mandam recado
É de relampiê, é de relampiê, é de relampiá
(salve a dona do trovão)
É de relampiê, é de relampiê, é de relampiá
(ô mulher, eu tô aqui)
Se eu pudesse parar os elementos
Se eu pudesse trazer paz ao mau tempo
Mas eu não posso
Não devo
Não quero
Tempestade
Tempestade
Tempestade
Para saber mais sobre a banda: http://cordeldofogoencantado.uol.com.br/
Foto: autor desconhecido