sábado, maio 29, 2010

Da natureza da natureza...

Os Deuses estão constantemente perdendo seus nomes e ganhando novos adjetivos. Ora, os Deuses são as forças da natureza. Não há o sobrenatural. Mesmo incrível e sensacional, é natural. A Deusa é a natureza. O Deus é a fera, o senhor das feras. É Pasupati, é Shiva Pasupati. Há de se rasgar o véu do medo e do mistério sem perder contato com a Divindade. Ora, os Deuses são as forças da natureza! Quais são os nomes das forças da natureza? O Fogo, o vento, o mar, a violência da caça, a canção de saudade, a inércia do morto... A Deusa é a Natureza. A Natureza é a vida vivida, A vida é movimento. O que neste mundo está parado? Nada... Assim, depare-se com o tesão de todo o Universo. Ele treme. Contorce e geme. Mesmo em sono profundo, a vida fervilha e borbulha. Assim é a divindade. Essa roda descomunal sem centro. Quer dizer... o meu umbigo é o centro. O Seu é... o dele é... Sabe... A Natureza é foda. Me abraça, acalenta, devora e consome. Me ama e me mata e nem mesmo sei teu nome. Teu nome é êxtase! Não... já passou, já foi... os Deuses estão constantemente perdendo seus nomes e ganhando novos adjetivos.

quinta-feira, maio 20, 2010

Necessidadevontade...


Comunidade.
Creio ser o único pagão nesta cidade que me acolhe.
Sendo constantemente mal interpretado por aqui, reflito:
Terei eu tomado as impressões erradas?
Estaria eu realizando rituais solitários,
ao som de um rítmo tímido,
Evitando conflitos com a vizinhança
à toa?
Eu quero ficar sózinho.
Desejo comunidade.
Eu não gosto de ninguém.
Amo minha filha.
Seria ela(e todo um universo que vem dela) minha comunidade?
E porque eu, adulto, não estou presente
sendo a comunidade de minha filha?
Sou exilado e continuo exilando os outros de mim.
Reconheci que afasto o mundo eme perco dele
cada dia mais.
Há necessidade.
Necessidade de me iniciar
Na sociedade.

Bruno A. Oliveira - 20/05/10

segunda-feira, maio 10, 2010

E se....

Sacanagem.... eles nem levaram em conta minha habilidade com armas brancas...

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sábado, maio 08, 2010

E continuando a saga do poeta inapto...

Beth
KISS

Beth I hear you calling
But I can't come home right now
Me and the boys are playing
And we just can't find the sound

Just a few more hours
And I'll be right home to you
I think I hear them calling
Oh Beth what can I do
Beth what can I do

You say you feel so empty
That our house just ain't our home
I'm always somewhere else
while you're always there alone

Just a few more hours
And I'll be right home to you
I think I hear them calling
Oh Beth what can I do
Beth what can I do

Beth I know you're lonely
And I hope you'll be alright
'Cause me and the boys will be playing all night

(Se por alguma lobotomia divina você não conheca, te obrigo a ver http://www.kissonline.com/ )

Sem conseguir escrever algo por sí próprio, ele patéticamente copia e cola.

Tempo Ruim

Matanza

Ergam seus copos por quem vai partir
Longo será o caminho a seguir
Nada será como costuma ser
Nada vai ser fácil pra você

Não faça o mesmo que fez o seu pai
Não leve armas lá onde vai
Tantos eu já vi pagando pra ver
Não dá tempo de se arrepender
Nada que já não deva saber
Não há nada que não possa ter

Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor

Eu me despeço de todos vocês
Muitos aqui não verei outra vez
Fora o inverno e o tempo ruim
Eu não sei o que espera por mim
Mas pouco importa o que venha a ser
Se eu tiver um dia a quem dizer

Quero que a estrada venha sempre até você
E que o vento esteja sempre a seu favor
Quero que haja sempre uma cerveja em sua mão
E que esteja ao seu lado, seu grande amor.


quarta-feira, maio 05, 2010

Como fazer...

...coisas que não sabemos?

Bruno A. Oliveira

domingo, maio 02, 2010

O ritual individual: O sussurro do bruxo ao pé do ouvido da Mãe-terra.

O ritual individual: O sussurro do bruxo ao pé do ouvido da Mãe-terra.

Imaginemos uma celebração, alegria, êxtase, dança e música sagrada, vozes firmes junto aos Deuses e um grande círculo de adeptos. É o sonho de muito sacerdote ser mais um na multidão de pagãos numa celebração sagrada. Infelizmente não é a realidade da comunidade pagã em geral na atualidade. Muitos de nós estamos sós numa família numerosa. E o ritual adaptado para o solitário nem sempre nos é satisfatório. Nem sempre podemos nos deixar livres, pois provavelmente temos vizinhos próximos.
Bem, o que faço nesses casos é “celebrar em sussurro”...

Neste Samhain, fiz tudo só. Tenho um quintal grande e gramado, fogueira boa, bebidas, comidas, tambores, flautas e tudo mais que um pagão precisa para a festa de seus antepassados-e-além. Além disso tenho vizinho que já me consideram exêntrico, dormem cedo, e definitivamente, não compreenderiam minha prática religiosa.

Depois de uma bela janta de Samhain, primeira sopa que faço sozinho(ficou boa apesar do pouco sal!), deixando um prato cheio, um pão e uma taça de vinho aos espíritos antigos( Considerado “- uma oferenda!!!!!??!!” hehehe... por visitantes não pagãos.) Sai ao quintal para celebrar. Minha prática não é exatamente wiccana ou druídica apesar da influência clara. É um tanto minimalista e primitiva (quem me conhece sabe que tenho uma tendência a voltar ao tempo da pedra lascada... hehe). Chamo de prática local. É o modo “faça local e pense global” em meus rituais.

“- As fadas escutam com atenção quando sussurramos” -Um amigo sacerdote me ensinou faz um tempinho. E é a partir daí que baseio meus cantos e encantos. Tocando o tambor com as mãos ao invés de usar o meu bastão de Brigit, tocar a flauta mais grave ao invés da mais aguda. Socar com o cajado na terra e não no concreto( óbvio Né!). Acabou criando um clima mais místico do que eu mesmo intencionava. Senti que ao soar baixo, me ligava e entrava em maior concordância com as próprias vibrações da terra. Não estava lá sozinho. Era a festa dos espíritos antigos e eu não os afugentava. Ri e chorei relembrando minhas linhagens. Pronunciando o nome dos que já se foram e honrado as suas memórias, seus feitos.

Pois bem, me parece que ao sussurrar, minhas intenções foram mais longe do que um grito.

Bênçãos a todos.
Bruno A. Oliveira - MestreDeGuerraPagã