terça-feira, outubro 31, 2006

presente pra minha mulher...


Toma amor... um "meipolinho"...


feliz beltane de novo!

Joaninhas também celebram o dia de bel né...


Imagem: Maypole, de Alison Ashwell
para ver mais... recomendado para quem é pagão e tem filhor... ou gosta de ilustração (http://www.alisonashwell.com/)

Isso está me cheirando a Beltane...

Foto: Mosaico romano - Marte encontra Rhea Silvia

Por falar em Beltane

FELIZ BELTANE!

Que seu travesseiro seja macio e fresco. Que as sementes que jogamos pelo mundo brotem e frutifiquem. Que a chuva caia na terra seca. Que a enxada penetre. Que a fogueira queime e o vento sopre. Que haja dança. Que haja dança na chuva. Que haja dança nas colinas verdes de minha terra. Que as crianças pulem nas poças. Que o martelo bata o prego. Que a lança seja arremeçada. Que se embainhe a espada. Que se afiem os chifres do touro. Que se ouça o trovão rasgando o céu. Que a lua cresça. Que a lua mingue. Que a lua cresça. Que o mastro seja erguido. Que seja erguida a casa de alguém. Que seja erguida a casa de muitos. Que a fogueira acessa continue queimando. Que da fogueira saiam tochas. Que as tochas ilumiem os candeeiros. Que os candeeiros sejam apagados. Que o caçador erre o alvo. Que o javali veja o caçador. Que a jaguatirica esteja prenha. Que seus filhotes gerem filhotes. Que nossos filhotes tenham filhotes fortes. Que a força do verão seja a força do homem. Que a água esteja fresca. Que o mergulho lhe traga cura. Que teu par participe. Que você participe com seu par. Que os pares dançem novamente. Que dançem em volta das pedras. Que dançem em volta das árvores. Que dançem banhados de cachoeira e mar. Que cantem e toquem. Que a mão bata na pele do tambor. Que as mãos dos amantes pousem nas suas peles. Que o homem da pele de urso e o homem da pele de lobo encontrem a paz e suas mulheres. Que as mulheres gozem. Que as mulheres gozem muito. Que as mulheres criem mulheres que gozem. Que os homens gozem. Que os homens gozem repetidas vezes. Que os homens gozem nas mulheres. Nos Homens. Em sí proprio. Que a humanidade saiba gozar. Goze do sexo. Goze de rir. Goze com todos os deuses. Que As Deuses Gozem. Que aquele arrepio na espinha venha e que cada um de nós tenha algúém para abraçar e se perder no tempo. Que a fogueira arda. Arda muito e sempre. Que a roda gire. Alucinante e radiante como o sol e a lua. Que haja vinho. Que haja bolo. Que o punhal seja altivo. Que o cálice esteja cheio. Que se consuma o ato. Que se derrame o vinho. Que caia o sangue. Que haja vida. Que haja luz. Que haja sombra. Que o fogo da fogueira ilumine tuas jóias. Teu corpo nú. Tuas tatuagens. Que Haja o que está por vir. Que todos nós sejamos agraciados por nossos méritos. Tenha um prazeroso sabá. Dia de marte, Noite de beltane. Aja.

Bruno Oliveira - MestreDeGuerraPagã

Qual é o teu beltane?

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Fotos: 1 minuto de pesquisa Google

terça-feira, outubro 17, 2006

Bel a la Bel


Quando acordo e abro a janela de meu quarto, vejo dezenas de tons de verde. Verde-grama-ao-sol, verde-copa-de-jequitibá, Verde-musgo-de-casca-de-arvore, verde-folha-de-bananeira e por ai vai indo.
Quando vou á padaria, passo por um pomar, um "bosque de pedras", um vale com um riacho e uma ponte, um pasto, pelo topo de uma pequena colina, Arvores e mais arvores, tudo isso numa mesma trilha.
Quando volto do trabalho á noite, volto por esta mesma trilha, se for lua cheia, sem lanterna, mesmo a luz de um poste de luz ao longe atrapalha nossa vista. Se for lua nova, as estrelas, essas meninas, iluminam o horizonte, me dá direção e ainda um pouco de luz para se ver o caminho.
Quando amarelam as folhas do caquizeiro e do cajázeiro, chegou souên.
Quando vejo o cajazeiro nú, uma imensa galhada e a lua cheia cheia como fundo, sei que é época de Yule.
Quando Floresce o pessegueiro, a laranjeira, chegou Imbolc.
Quando brotam os ramos de minerva, as flores da goiabeira, os lírios grandes vermelhos e pequenos brancos sei que é chegado o ostara.
A amoreira está dando frutos, as laranjas e os pêssegos estão crescendo... Beltane já se aproxima.
Vejo isso todo dia. toda lua cheia é uma festa. Todo banho de cachoeira é uma benção. Todo abraço á minha amiga arvore e minha amiga pedra é uma demonstração de amizade.
Toda vez que desce sangue na lua nova, é o poder emanando de minha Esposa, Deusa familiar "vivadivinaestrela" de minha casa.
Quando toco o tambor, atiro a flecha, golpeio meu cajado, o mundo pulsa como meus passos.Acho que moro num lugar sagrado, como deveriamos ver todos os lugares em que passamos. Na cidade ou no campo.
Fazer pela sua morada, nossas trilhas, nossos amigos e parentes, atentar pela saude de nossas mães. Não é preciso ser um eloquente, um ativista eclogico, um médico sem fronteira, um promotor do paganismo e etc.. basta viver, sentir e dançar a dança dos deuses.
É... beltane vem vindo.
Amanhã dia 18 é dia de Herne, o caçador.
Dia que minha filha faz um ano.

Boa noite

Foto:http://www.lexicon.net/steven/wheel/beltane.htm

segunda-feira, setembro 25, 2006

Equi Nostro


Sim, houve tempo... Sempre há tempo para pensar no oportuno fim do recolhimento. Apesar de minha espada apontar também para o céu mais-que-estrelado e os nomes divinos saltarem de meus lábios, sejam elas, Deusas, de onde forem.
Em Ostara eu vi
Vi uma gata da rua, do mato e do mundo parir seus filhotes. Estes filhotes que sairam do recolhimento uterino, foram lambidos, lavados e acariciados pela lingua e entraram para o recolhimento materno nesse mundo de perigos.
Vi, finalmente, brotar as folhas da ameixeira. Que no inverno podaram quase até o tronco. Deixaram-na nua, maneta, perneta, galheta e folheta bem no momento de amadurecer suas ameixas.
Vi as folhas renovadas do Cajázeiro e do Pé de Caqui, que antes deram um espetáculo de chuva de folhas amarelas no outono.(Desta vez eu como um cajá.)
Vi também grandes lírios vermelhos desabrocharem logo aqui ao lado. As flores de laranjeira aparecerem e sumirem, dando vez aos pequeninos frutos que de lá vão crescer. Tornando-se redondos, vitaminados amarelos qual o Sol, no Verão.
Vi uma flecha ser lançada bem longe no pasto.
Vi projetos antigos brotando e dando botôes de oportunidades.
Não vi a lua minguando e se renovando.
Mas vi a neblina e senti o cheiro de minerva, dama da noite, lá na mata.
Vi Esta mensagem que me fez escrever.
E essa música que eu não conhecia, gostei de ver.
Em Ostara eu vi e veria sem saber de Ostara.

Uma boa primavera a todos.
Abraços.

Bruno Oliveira - MestreDeGuerraPagã

sábado, setembro 16, 2006

Vida Longa! Feliz reencontro... algum dia.


Artwr ap Cernunnos ap Ceridwen, Que tenha sido de tua vontade e que tua essência viage na mais perfeita harmonia. Hoje esperarei a Lua e falarei contigo. Ela que está minguante, te mostra o caminho para a nova e para o novo. Ela também carrega nossas preces, apelos, ritos e energias. Estes serão nossos presentes, tuas vestes, tua espada, escudo e armadura extras, caso precise.
Se presisa se um colo, Ela Lhe dará
Se desejar nos encontrar, Sempre será bem vindo.
Se desejar ficar, terás tua rede, teu sol de um verão fresco.
Se, por acaso, desejares voltar, venha me dar um beijo.

Bruno Oliveira - MestreDeGuerraPagã - 16/09/2006, 17:41


...


O Pai se vai.
Mãe, não chore
O Pai se vai pelas suas mãos
O velho talo cai

Da grande foice vêm os novos grãos
Que do velho-das-galhadas caem
Sementes, para seus destinos saem
Logo semearão
Ou transmutar-se-ão em pão

Com os antigos Ele dança
Com os antigos dançamos
Com os espíritos travessos
Dos bosques, da montanha
Do mar, dos campos

Senhora e mãe do mundo
Artesã da noite
A que corta o véu dos mistérios
O pai se vai dançando
Fica um novo broto
Um novo ramo

Abóboras e morangas
Lanternas de boa sorte
Um brinde à Velha Dama!
Espantalho para o mal

Abóboras e Morangas
Farol dos perdidos
Luz que faz do velho
Em breve, criança!
(Bruno Oliveira - Num Samhain desses onde a poesia aflora...)

quarta-feira, setembro 13, 2006

Reeditãnciabilidade 1

Não me venha / Fazer-me ver no escuro / Pois meus olhos / São-me nulos // Não me venha / Fazer-me enxergar no Breu / pois meus olhos / Nem são meus (Bruno Oliveira, em meados de 2001 ou 2002)

(Ilustração: Detalhe de Kamil, original, por Bruno Oliveira, antes mesmo de 2001)



sexta-feira, setembro 08, 2006

Adoro-te feliz assim!

Eram as primeiras horas do sol no dia, a cinza da fogueira soltava fumaça e eventualmente uma brisa revelava a brasa sob a fuligem. Ele, filho do vento e da chuva, um dos que detém os chifres. Tocador de flauta, gaita e tambor, despertando ainda da noite das fogueiras. Onde com mais uma multidão de espíritos, femininos e masculinos, dançou ao redor do fogo, da grande pedra-mãe onde está agora recostado, do Jequitibá-Rei, que abençoou a todos, e da nascente das Deusas, que também estavam lá a dançar. Ele, que acorda espreguiçante d´um sonho de sussurros, se levanta sobre a pedra-mãe e procura algo, ou melhor, pesca algo no ar com seu pensamento afiado feit´um anzol e diz ao vento: - Quem eras tu? – Somente o farfalhar de um adormecido Rei-das-árvores-do-sul, o ranger do bambuzal na margem da nascente, o borbulhante nascer das águas na fonte das Deusas e o flop-flop-flop de uma pequena borboleta vermelha que passa raspando em seus cílios são as respostas. - Ai Está! – Ele diz enquanto tenta agarra-la sem sucesso, desequilibrando, escorregando seus cascos no orvalho da pedra-mãe, caindo sentado na pedra fria e rolando até o chão. Deitado de costas, de braços e pernas estendidos, uma outra borboleta aparece e pousa em seu, um pouco peludo, nariz.– Ah, te pego! – Ele fecha as duas mãos rapidamente, pegando nariz e tudo! – Ahá! – Afastando vagarosamente as mãos, vê-se apenas um nariz, um pouco peludo, entre elas. E pousadas, em seu casco da perna esquerda a tal rubra borboleta e no da direita uma outra verde-laranja. – Mas que! – Ele levanta num salto e leva um baita susto quando sua vista fica turva. Pois tantas borboletas assim só se vê numa corte real das metamórficas aladas. E era isso mesmo o que estava acontecendo! Cada uma delas era uma fada, uma donzela, uma dríade que dançava no grande ritual da noite passada. – Oh Deuses! – E como passavam rápido por ele! Até que ele a viu, uma borboleta colorida, cor de arco-iris e prateada, rodeada por todas as outras. – É ela! É ela! – Diz enquanto dança de felicidade. Mas elas, as borboletas passaram voando céleres e felizes e o deixaram para trás. Ele sabia que era Ela, a Deusa colorida de prata, borboleta rainha, que havia dançado com ele na noite anterior, sob o grande “Jequitibão”(Assim era como os íntimos, tolos ou os corajosos chamavam o Jequitibá-Rei). E era ela que deitou com ele á luz da fogueira-mestre. – Não se vá! Amor! Amor! – De braços estendidos, desolado, ele apenas queria vê-la mais uma vez, e guardar sua imagem para sempre em seu coração. - Ah senhores do mundo! Eu quero vê-la! Muito! Muito! Muito mesmo! – Ele chora e joga sua flauta na brasa. Eis que como um presente, o impacto da flauta com a brasa irradia um clarão imenso, como o de mil fogueiras do próprio Sol invicto! Cego momentaniamente (E muito assustado!) ele tateia o chão á procura de seu instrumento. Ele acha algo parecido, mas não o mesmo. Ele olha(com o olhar ainda enevoado e meio roxo) e percebe do que se trata: Uma luneta! Ou melhor, como estava escrito em pirografia divina: Uma Borboneta! Ele olha através de sua lente minúscula na direção do cortejo real das borboletas, que já alcançava o horizonte...

sábado, agosto 26, 2006

Artwr Ap Artwr




Sátirus Arcturius

Quem é esse que corre com as patadas de Pã?
E essas dríades que dançam à sua volta?
Um sorriso e um cuspe.
Um beijo e um trago.
A fumaça do cachimbo com as más ervas.
É o grande Deus de Nicéia. Êxtase em retrato.

(Dionice em azul - Bruno Oliveira)
Vem, vem, vem arthur... Hoje eu ví o nascer da Lua. Crescente chifre. Ela cresce e você descansa, se cura e se guarde. há ainda muito trabalho debaixo desse Sol que há por vir. há hainda muito vinho com teu nome, muitas trilhas coms suas pegadas e muitas bocas em teus lábios.
Imagem retirada do blog do Fu(http://www.neoarteatrocidade.blogger.com.br/2006_03_05_archive.html), criada por Paola

domingo, agosto 20, 2006

Ela que tecia...


Ciclópica senhora
Dama Lua luminosa
À noite, um útero.
Uma sinistra caverna
Espiral do caos.
Da ardilosa teia.
Da rede, da manta.
Que teces habilidosa.
Cintila a prata na trama.
A alma de cada estrela.
(Bruno Oliveira)
Foto: www.astrosurf.com

domingo, julho 23, 2006

Eu gosto de Karnak

Tá frio aqui
Tá muito poluido
Eu tô triste
eu tô borrecido
Tá feio aqui
Tá muita poluição
Tá fedido Fumaça de caminhão
Eu tô cansado da cidade
Eu quero ir pro mato
tem de tudo lá
porco galinha pato
tem carroça
tem cachorro
tem carro de boi
correguinho sempre tem
Juvenar Juvenar
Vem tirar o leite
São 6 horas da manhã
Juvenar Juvenar
Juvenar Juvenar
Vocês que fazem parte do Karnak
que temem a fumaça do motor
percebam que o melhor da vida
é saúde é comida é amor
você tem que estar bem consigo mesmo
prá isso não importa o lugar
pode ser até debaixo desta ponte
ou num palácio lindo em Madagascar
pode ser num planeta bem distante
ou na boleia deste caminhão
tá frio
tá tempestade
tá chovendo
muito mais triste
é a chuva do nosso coração
Foto: megalitos de carnac (Eu também gosto de Carnac)
letra: Juvenar, por KarnaK

terça-feira, julho 18, 2006

sexta-feira, julho 14, 2006

Família Caracol Rumo a Sampa

Vou dormir que amanhã é dia de viagem. Vou encontrar meu amor e minha filhota amada em SP.

Que do Senhor dos Velhos Chifres guarde minha morada e a Mãe de todas as sementes abençoe estas lindas terras.
Pomares, hortas, pastos... Vou sentir saudades do velho índio pescrutando o horizonte atrás dos montes.

Sana... Estampos indo pra Sampa...
Mas voltamos logo!
















Foto: Topo do Peito do pombo (Indio Sentado) entre as névoas.

domingo, julho 09, 2006

Já se passam as estações

O inverno chegou.
Ele não bate à porta.
Ele passa pela fresta da telha.

A semente jaz.
Geme na terra fria.
Num grão, a nova esperança.

Lua cheia e estrela.
Ah preciosa lenha seca!
Toda noite, viva fogueira.

Amarelas, caem.
Do caqui e do cajá.
Aqui e acolá. Caducas folhas.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Roubar, Saquear, Pilhar, Destruir!


Isso é que é uma ação de um pirata de computador... hmpf...! Não se fazem mais como antigamente....


Foto: Eu, GaiteiroZen (O pirata cangaçeiro mais temido dos mares de Jacarepaguá) e Diogo (O espadachim que foi pego de surpresa). A vítima que navegava tranquilamente conseguiu escapar gráças as aulas de esquiva que teve já faz um tempo...

domingo, janeiro 01, 2006

Mãe Negra de todas as Cores, a tecelã e rainha do mundo.

Natalithule - Sim, e por que não?


Dizem que o velinho é bom.. mas boa mesmo é minha Ishtar!
Foto: Minha nova Gaita... "Das Boa" Vintage 1923 Hering Harmonicas.
Presente mais que querido.

Nasce um novo ano... Pá quem?

Alguns acham que hoje é um dia feliz, outros um dia triste. Um Novo ano ou um dia comum. Um feriado bem vindo... mas que veio no final de semana. Para uns, um ano representa mais uma chance, para outros, um peso insuportavel(para esses, cada dia é como um ano ou um cú[N.a. Ânus, trocadilho infame invertido]). Uma boa época para se pular ondas, para se pular do lixo deixado. Para tudo dar certo, ou dar errado. Dia de ver fogos no céu da noite. Dia de se não conseguir ver as estrelas atravéz da fumaça. Noite de escutar os estouros de comemoração. Noite de acalentar minha filha assustada. Noite de traçar ao improviso a deusa em caneta preta. De se ganhar um amuleto de prata. Noite de se preferir (como todas as noites) ver minha filha dormir a ver todo o mundo comemorar. De se preferir acariciar minha mulher à participar da comemoração mais comemorada do planeta. De se perceber único com nossa mãe-terra enquanto outros comemoram um dia o que deveriam fazer em todos, ainda em horário de verão. momento de se cansar de escrever e começar a meditar...

Bruno Oliveira - MestreDeGuerraPagã
Champanhe e cerejas até que é bom... hehe