segunda-feira, setembro 25, 2006

Equi Nostro


Sim, houve tempo... Sempre há tempo para pensar no oportuno fim do recolhimento. Apesar de minha espada apontar também para o céu mais-que-estrelado e os nomes divinos saltarem de meus lábios, sejam elas, Deusas, de onde forem.
Em Ostara eu vi
Vi uma gata da rua, do mato e do mundo parir seus filhotes. Estes filhotes que sairam do recolhimento uterino, foram lambidos, lavados e acariciados pela lingua e entraram para o recolhimento materno nesse mundo de perigos.
Vi, finalmente, brotar as folhas da ameixeira. Que no inverno podaram quase até o tronco. Deixaram-na nua, maneta, perneta, galheta e folheta bem no momento de amadurecer suas ameixas.
Vi as folhas renovadas do Cajázeiro e do Pé de Caqui, que antes deram um espetáculo de chuva de folhas amarelas no outono.(Desta vez eu como um cajá.)
Vi também grandes lírios vermelhos desabrocharem logo aqui ao lado. As flores de laranjeira aparecerem e sumirem, dando vez aos pequeninos frutos que de lá vão crescer. Tornando-se redondos, vitaminados amarelos qual o Sol, no Verão.
Vi uma flecha ser lançada bem longe no pasto.
Vi projetos antigos brotando e dando botôes de oportunidades.
Não vi a lua minguando e se renovando.
Mas vi a neblina e senti o cheiro de minerva, dama da noite, lá na mata.
Vi Esta mensagem que me fez escrever.
E essa música que eu não conhecia, gostei de ver.
Em Ostara eu vi e veria sem saber de Ostara.

Uma boa primavera a todos.
Abraços.

Bruno Oliveira - MestreDeGuerraPagã

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