domingo, novembro 08, 2009

Frigg, Hel e Freya

Mimirquemeajude.......


MestreDeGuerraPagâ.

sábado, outubro 31, 2009

Hoje

Eu só estou muito cansado.

sábado, outubro 10, 2009

Uma serpente ondula em minha pele.
Entre espirais, sua fina língua trifurca-se.
Do Veado, as coxas e a galhada dançam.
Como a velha arvore ao som do vento.
A coruja, o corvo e o carcará cantam.
Cada um em sua hora mágica noturna.
Minha pele, o tambor trêmulo, se estica
ao contrair da carne. Em pleno golpe violento.
Da mão. Da lança. Da palavra. Do olhar.
O ato destemido, sem urro ou grito. Canção.
Meu escudo pintado, curvas de minha arte.
Que se confundem pictóricas em meu contorno.
E com o desenho-rastro de minha dança.
Sorridente, extasiado, me movo.
Há no fundo do mundo uma serpente.
De penas sujas e chifres afiados. Sua flauta.
Minha flauta. Doce e grave soa uníssona.
Com a grotesca trombeta de guerra.
Devoradora da carne e da paz da noite.
Enluarada sobre minha testa, levanta
Acorda, sacode-se e sussurra malícicas
Linda, nua e musa. A Porca Branca.
Pragueja em conjunto à minha investida.
Me leva, como se montado em rodas de
Um carro de guerra, trono do medo.
Megera, minha rainha, alucinado luto.
Morro.
Ou amo.
Como espirais sem destino ou fim.
A arte traçada na pele-alma em mim.
São essas trilhas que de quando em quando
Ando.

Carcará Avoador dos Caminhos Tortos
Bruno Oliveira
10/10/09

sábado, outubro 03, 2009

Esboçod´algograndeporvir.

Houve um tempo que ele, o caçador, perseguia o dragão.
Em busca do radiante tesouro guardado e da casta donzela prometida.
Perdido por anos em seu rastro.
Reconhecendo as pegadas nos pastos,
marcas de garras nas árvores e trilhas de fumaça dos vilarejos arruinados.
Aprendeu a caminhar em silêncio, a manejar o arco e a lança.
Soube quais folhas da floresta poderia comer, quais serviriam de veneno.
E quais, em doses diferentes serviriam para uma ou outra coisa.
Persistência, paciência, serenidade e coragem foram algumas das suas virtudes aprimoradas.
Até que no ermo, cerrado de montanhas, a fera se aninha em seu castro.
É quando, como o vento, o caçador se vira e caminha.
Homem e monstro sorriem.
E houve um tempo em que ele, o caçador, voltou pra casa.

Bruno - MisticoGaiteiroZen

sábado, setembro 12, 2009

Cumadifulô...

Senhora do céu largo e profundo.
Estás horizontada feito um sorriso descomunal.
Vaca. Que caminha e vaza, de tão cheia, em tua via.
Puxando sem esforço as rodas de nossos ciclos.
Onde as fiandeiras, doces e amargas velhas trançadeiras,
Tecem nossa sorte.
Da infinita estatura, torna-se invisível.
Mentira. Mentira essa dos que fingem não enxergar.
Ó o traço de seu toque. Sentir, reverberando, o bum.
De seu tambor.
Barro e argila. Terra doce que me exala o vapor.
Perfume de flor.
Teu corpo, eu morto.
Conversa de apaixonado sim.
Ínfimo, pasmo nas dez direções.
Onde te vejo...
Fera, nua, linda, má, triste, viva, serena, dinâmica, terrível, minha.

Bruno – 12/09/09

quinta-feira, setembro 10, 2009

São como metais da fanfarra na dobra do mundo
Será longe o soar de meu desejo tímido.
A pele, santa pele, retumbante suará,
Tremerá e meus pés perderão o chão.
Cairei na rota do céu, sem amparo, sem corrimão.
Avisto o senhor do batuque.
Lindo.
Atravesso-o, ele que alucinado dança e pulsa
Zabumbento frenético com seu tambor de pele rasgada.
Minto.
Caio.
Minto.
Pouso.
Chego à tenra realidade.
Deslizo à curva e deito.
Aninhado por ela. Ela. Invisível, infinita divisível.
Me aninha no leito placento.
Materno, desenvolvo.
Eterno.
Movo, de novo.
Grito.
Alto como metais da fanfarra na dobra do mundo.
Minto.

07/09/09
Bruno

domingo, agosto 30, 2009

Calmaria e tempestade
Me seguro como posso
Balanço o ranço de minhas virtudes
Envergo o mastro de minhas possibilidades
Sopro a vela que se estufa trêmula
Me confunde e se apaga

Onde deveriam estar?
Aquelas coisas verossímeis que seriam tácteis
Realidades últimas, Absolutas.
Atrasadas ainda não embarcaram
Pff! Capitão... -sim?
Por mim, perderam a viagem.

Feliz, minha barcarola afundará
Num tempo de curva
Tangendo minha estrutura
Satisfeito, sorrindo à perspectiva
De um turvo caminho
De incerta alvura.


30/08/09

quarta-feira, agosto 26, 2009

Ahhh que..



Há algo na indiferença que me faz revidar.
Um quê de tortura contra tortura.
Coisa ruim, meio sem nexo.
Será Maldade...
De quem?

A carência de um homem feito(?) é feia.
A pirraça aqui é demência.
Que moço esdrúxulo.
Foda-se ele né.
È bobo.

E é Assim que
me torno escroto

Carcará Avoador dos Caminhos Tortos - 26/08/09

sábado, agosto 15, 2009


Cerrado os olhos
Não há mais correnteza
Nem rio


Bruno
2..9

Poeira vermelha e sequidão
No caminho solitário me procuro
me acompanho

Bruno A. Oliveira
foto: Chapada dos Veadeiros - S.Jorge

Me vê um Capuchi-Do sem creme por favor?

Foto: Bruno Oliveira
na mesinha do pjota

petifemmememuór (affe...)

É Ela!
Memoriane
Fantasma de meu desejo
Têm noites, tantas noites
Que te chamo pelo nome
Pequenina memória feminina
Estou errante
Estou errado
Você me ouve?

16/07/09

arte em guardatudomenosnapos


" Tem gente que sem mais
nem menos, assim à toa,
habita de tempos em tempos
as altas vilas do céu. Salta
sem medo pela curva do
horizonte e não cai. Entre
as manadas de estrelas, ele,
protetor da lua cheia, o caçador
das tenras nuvens, não cai.
Avoa."

"B
ru

NO

2..9"

quarta-feira, julho 29, 2009

Anglotraduzionepassádica

Dark eyes


Deepest, darkest eyes, eyes of hot desire,
Eyes with passion's flame and of beauty rare,
I do love you so, but I fear you so,
Seems I met your fateful gaze on a fateful day!

The white tablecloth is all soaked with wine,
The hussars all sleep in a slumber sleep,
But one does not sleep, he drinks still champagne,
To the dark eyes of a gipsy girl.

Had we never met, I'd not suffer so,
I would have lived my life smiling joyously,
You have destroyed my soul, dark and lovely eyes,
Carried off forever my happiness!

Deepest, darkest eyes,...

sexta-feira, julho 24, 2009

Aos zelosos braços estelares....

Zelosa Mãe oculta
que teces o casulo que
nutre minha forma pupíla (Pupa,púrpura.. impura)
Sou nascido e vivido
Hoje estou em vão
Jogo constantemente
Minhas forças num poço dos desejos
E ele não me realiza
Não faz eco
Apenas silêncio... muda escuridão
Me parece
que riquezas não me valem
estradas não me servem
oporunidades se vão
Tento ser o herói de minha história
mas caio sempre de vítima indefesa
de meu Eu-vilão.

Bruno Alves de Oliveira
(24/07/09)

domingo, julho 12, 2009

Insultado homem poste
Anda, cego, pra qualquer direção.
Duro, se engana de mole.
Mau, se afasta o bom.


Bruno Alves de Oliveira

Eis que em selfegestativa... nasce



Brunhilda Dentóidica
Di Gestiva Detráz
Prafrentis


foto: Maria Elizabeth

Desatos de invernada

Eu, recluso, me nego a deixar de ser intruso em teus desejos.
Recuso, todavia, a selar-te com aquelas cordas.
Que, desde já, te digo... nunca foram minhas.
Recuso-me a sentar na carreta que segue a estrada reta.
De belas paisagens me encanto em meu caminho torto.
Danço. Eu e meus pés. Minhas mãos e minha sombra.
Hoje tenho uma relíquia. Meu caldeirão da abundância.
Minha velha tumba, que faz pouco tempo, me regenerara.
Por tal, sou vivo ai. Em tua alma. Meu desejo

Bruno,
neto de duas corujas.
(Sem Ponto final... )

domingo, junho 07, 2009

´Retrógradas carniválias pedagógicas


Tien gou - A persistente montanha com seus cristalinos rios entra em erupção trazendo as mais fortes ventanias aos mais altos salões das tempestades.

Orra! Orra! Are, are, vae!

Alguma síntese sai por ai....

Ainda vivo o caminho das trilhas íngremes, tortas, tortuosas e hilárias.
Onde cada passo dado, três penas de minhas asas caem.
Três pelos de meu bigode se encrespam.
Três dias de meu passado somem.
Duma trança de fios embolotados as devifiandeiras marionetam...-me.
O que desejam fazem.
O amor, quente deleite de minha arqueomâezinha, me faz, parado, dançar.
De cara fechada, sorrir.
De sono profundo, viajar.
De repente entoado, soar. A trombeta do satisfeito.
Mas ainda sim. Assim eu sou. Amarrotado.
Minha carne de leve toque deve ser fraca. Não apalpo o desejo profundo.
E me escapa.
Diante das emoções conflitantes, minha guarda baixa.
E a fera, que consegue olhar para os dois lados, afasta.
Minha festa, de farta és falsa.
Sem flechas, meu pássaro já sem penas, escaças.
Não alcanço a pressa da fera, que nunca faria presa.
Que me faz, com meu tempo morto, tanta falta.

Bruno Oliveira
Carcará Avoador dos Caminhos Tortos
07/06/09 - 14:00

sábado, junho 06, 2009

Faloeseios


A Terra é sagrada. Todo pagão escuta, fala e lê isso frequentemente. Cantamos à sua generosidade e damo-lhes nomes que se tornam divinos. Cultuamos tais nomes e eventualmente cada nome ganha um novo significado e personalidade distinta. Personalidades até mesmo antagônicas! Assim é a Terra. Mãe e Pai, vale e montanha. Das janelas de minha casa, no Sana, um distrito da região serrana de Macaé, eu vejo estas duas paisagens guardiãs: Um pico e um vale entre morros. Não há como sabermos qual o nome era dado a essas duas figuras pelos Nativo-Brasileiros que por aqui viveram, mas hoje em dia são chamados de pico Peito do Pombo e de Vale do Santana (mais conhecida como Vale das Pirâmides). Um é o sentinela, atento lá do alto com sua altura privilegiada, como um gigante pássaro negro empoleirado. Um totem fálico, pico, pássaro. Considerado um índio gigante sentado em observação desde eras remotas por alguns. Localizado à oeste, onde o Sol morre em determinada época do ano. É a paisagem-símbolo do Sana. A outra, as “pirâmides” do Sana é o Vale do Santana. Na mitologia cristã, Santana (Santa Ana) é a mãe de Maria, a avó do cristo. São dois morros quase idênticos que vistos do centro do distrito são como duas pirâmides colossais unidas. Projetam-se como mamas de uma giganta e entre eles desce um córrego tendo o mesmo nome. E é à margem deste córrego, o vale das Pirâmides, que moro. Se localizam à leste e o sol nasce entre os morros em determinada época do ano. Então o que tenho? Eu, como pagão que crê na Deusa e no Deus seu consorte, me sinto privilegiado. Posso dizer que durmo embalado, literalmente no seio da Mãe. Poderia até mesmo fazer uma analogia ao desconcertante (Para alguns) Baphomet já que temos num mesmo “corpo” os seios e o falo. E bem no umbigo disso tudo se estabeleceu o centro do Sana, o arraial. A terra é o corpo da Deusa. Das runas que retiro das pedras dos rios, das cascas de arvores, do caroço de abacate, ou do barro moldado, não vejo diferença. Tudo é raiz. Que nos conecta diretamente com o coração, a mente e o útero da Grande Mãe...

quinta-feira, junho 04, 2009

Na estrada... o caminho é incerto

Eu não posso te ver
Eu não posso te ouvir
Você existe?

Eu não posso te sentir
Eu não posso te tocar
Você existe?

Eu não posso te provar
eu nada posso
Você realmente existe?


(Traduzido e adaptado....)

terça-feira, maio 19, 2009

Ochi chyornye
(Russo Tradicional)

Ochi chyornye, ochi zhguchie
Ochi strastnye i prekrasnye
Kak lyublyu ya vas, kak boyus' ya vas
Znat' uvidel vas ya ne v dobryj chas


Ochi chyornye, ochi plamenny
I monyat oni v strany dal'nye
Gde tsarit lyubov', gde tsarit pokoj
Gde stradan'ya net, gde vrazhdy zapret


Ochi chyornye, ochi zhguchie
Ochi strastnye i prekrasnye
Kak lyublyu ya vas, kak boyus' ya vas
Znat' uvidel vas ya ne v dobryj chas


Ne vstrechal by vas, ne stradal by tak
Ya by prozhil zhizn' ulybayuchis'
Vy zgubili menya ochi chyornye
Unesli na vek moyo schast'e


Ochi chyornye, ochi zhguchie
Ochi strastnye i prekrasnye
Kak lyublyu ya vas, kak boyus' ya vas
Znat' uvidel vas ya ne v dobryj chas

segunda-feira, maio 18, 2009

É ela
Cúrvea dama do céu noturno
Negra tatuada de estrelas
Teu ventre luminoso, luna
Ilumina eu
Este, de espectro idoso

Minhas mãos, calejas
Na pele ainda vivapulsante
De vosso tambor
Rombudo elegante
Totem de meu sangue
Ancião reveloso

Dama do céu noturno
Larga, de horizonte
A horizonte
Embarca tudo
Meu centro
Teumbigo-minhamorte
Minha fonte

Ouça, rainha nua
Sou jovem!
Da ciranda chuvosa da lua
Admiro, estudante
A evolução percusiva
De meus passos deselegantes.

Sinuosa serpente do mistério
Serei eu também
Teu véu?
Que quando na sacra hora acordas
Estarei eu, mais ninguém
Como Réu.

Detrás do tambor alegre
Ancestral e profundo
Culpado pelo pulsar
Velho de eras
Trago esta imensa tempestade
Deusa, dê-me este mel
De tua cintura
Meu festejo
de fim de mundo

(18/05/09)

já em Abril..

Nós somos o todo que há de inexistente.

Sustentados pela fugaz tensão interna

que nos torna diante de nós mesmos

dementes.

Talvez como se fosse por encanto

Tivesse o susto entrado e banido

-de novo- a mente.

E vós que por enquanto veste

a máscara ardente do mito que mente

É abraçado ao todo e por completo

Por algo assim

tipo eu. Ausente.


(04/09)

Vontades de Maio

Pertenço à minha vontade

Minha vontade é escrava

Aí contida, é liberdade

Que á tranca eu voava


Num plano alto desejava

Te miro no passado desejoso

Das mil vezes que errei

Todas, acertavas.


Diante das grades, fico

Amoado, gargalho rios

Irresistível senda, grito

Fico

Mas minhas asas passam.


16/05/09

domingo, maio 17, 2009

Amanacy - Mãe da chuva

Amaná chuva

Vem cá mamãe pegar

Não larga ela de teu colo

Não deixa a chuva aqui chuá

Amanacy minha mãe

E mãe da chuva

Minhas mãos estão negras

Pra fuligem de fumo

Fogueira e festa

Amanacy deixa Jacy olhar

Vem cá dançar

Vem cá cantar

Mas não deixa a chuva

Cair nesse terreiro

Neste chão pisado de terra

Pois farei festa o dia inteiro

Banquete de dança agarrada

Bebemos no calor do fogo

Os cantos de meus avós lembrados

Entoados no meio de riso e choro

A fertilidade farta que te alegra

Tamborzada, chocalho e coro

Mas amanhã mamãe

Solta a criança

Deixa chover e chuá

Que vente e me molhe

Do terreiro faça lama

Amaná mirim virá dançar

Lave minha casa

Afogue a fumaça do braseiro

Dilua o licor da taça

Faça chuva o dia inteiro

Que a felicidade de terra seca

É virar um lameeiro!


17-05-09

-/-

Quando indeciso entre as matérias da alma

Meu coração acocora-se e chora

Pressentindo a guerra das lâminas cegas

Dores de preguiça lancinante

E parto-me sedento

Em pequenas fatias de saudade

Apontadas em direções opostas

Conflituosas

Com margens sinuosas que se entrelaçam

Ah demente sedência que me calafria

As serpentes que se amam

Mais eu, mastro teu

Minhas serpentes se amam

E, comigo

Danam.

16/05/09

terça-feira, maio 12, 2009

Inintrajornadadivinescabardicaoraculosa

Antes de acordar, sonhei três vezes minhas despedidas.

Quando a Autoestima caiu de bicicleta, sozinha, na noite escura, o Autocontrole tentou ser equilibrista sem rede.

Lembrei-me dos antigos mestres não citados. E me esqueço de seus nomes. Lembrei-me do senhor obscuro falando-me de amor. Aquele que eu fui à tempos. Minha máscara do passado. Terei eu, dessa, uma na próxima?

Pois In intrajornada divinesca bardica oraculosa, o grão, da espiga cai.

11:22 - 12 de maio 09

terça-feira, março 17, 2009

Recados ao vento



-"Uma pessoa fora de seu centro,
é como uma folha ao vento;
voa sem direção..."

- Uma folha ao vento

decidida cavalga o ar.
Não seria o ideal
uma pessoa sem centro,
tendo para si
todas as direções
em que deseja
voar?

Sakkidatsu Ryu Ninjutsu

domingo, março 01, 2009

Sakkidatsu Ryu Taijutsu

Na história do homem a experiência é ditada pela observação da natureza. Os termos “firme como a montanha” e “veloz como o vento” são exemplos da ligação simbiótica homem-natureza. Em certas modalidades de artes marciais essas observações vieram de encontro aos elementos naturais estudados em algumas doutrinas orientais: Terra ,água, fogo, ar e o vazio(jap. chi, sui, ka, fu e ku, respectivamente). Identificar, se familiarizar, aprimorar e se apropriar de tais elementos-arquétipos para uso na vida cotidiana é a proposta...