segunda-feira, maio 18, 2009

É ela
Cúrvea dama do céu noturno
Negra tatuada de estrelas
Teu ventre luminoso, luna
Ilumina eu
Este, de espectro idoso

Minhas mãos, calejas
Na pele ainda vivapulsante
De vosso tambor
Rombudo elegante
Totem de meu sangue
Ancião reveloso

Dama do céu noturno
Larga, de horizonte
A horizonte
Embarca tudo
Meu centro
Teumbigo-minhamorte
Minha fonte

Ouça, rainha nua
Sou jovem!
Da ciranda chuvosa da lua
Admiro, estudante
A evolução percusiva
De meus passos deselegantes.

Sinuosa serpente do mistério
Serei eu também
Teu véu?
Que quando na sacra hora acordas
Estarei eu, mais ninguém
Como Réu.

Detrás do tambor alegre
Ancestral e profundo
Culpado pelo pulsar
Velho de eras
Trago esta imensa tempestade
Deusa, dê-me este mel
De tua cintura
Meu festejo
de fim de mundo

(18/05/09)

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