sábado, setembro 12, 2009

Cumadifulô...

Senhora do céu largo e profundo.
Estás horizontada feito um sorriso descomunal.
Vaca. Que caminha e vaza, de tão cheia, em tua via.
Puxando sem esforço as rodas de nossos ciclos.
Onde as fiandeiras, doces e amargas velhas trançadeiras,
Tecem nossa sorte.
Da infinita estatura, torna-se invisível.
Mentira. Mentira essa dos que fingem não enxergar.
Ó o traço de seu toque. Sentir, reverberando, o bum.
De seu tambor.
Barro e argila. Terra doce que me exala o vapor.
Perfume de flor.
Teu corpo, eu morto.
Conversa de apaixonado sim.
Ínfimo, pasmo nas dez direções.
Onde te vejo...
Fera, nua, linda, má, triste, viva, serena, dinâmica, terrível, minha.

Bruno – 12/09/09

Nenhum comentário: